Concessionárias têm recorrido a empresas de logística e armazenamento para cuidar do estoque e passam a se preocupar mais com a experiência do cliente.
Assim como ocorreu em todos os setores da economia, a pandemia de Covid-19 também trouxe consequências diretas para o mercado automobilístico brasileiro. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos automotores (Fenabrave), as vendas de veículos novos tiveram uma queda de 26,16% em 2020 em comparação com o período anterior. Essa foi a primeira baixa do setor em quatro anos e a maior desde 2015, quando houve diminuição de 26,55% nas vendas.
Por outro lado, uma área que não enfrentou dificuldades foi a das locadoras de veículos. Mesmo com a paralisação das atividades entre abril e maio de 2020, o crescimento obtido no segundo semestre compensou as perdas. A frota dessas empresas ultrapassou a marca de 1 milhão pela primeira vez na história e as locadoras foram responsáveis pela compra de 20,6% de todos os automóveis e comerciais leves emplacados no ano. Isso sem falar na comercialização de veículos seminovos, que aumentou em 24% em relação a 2019.
Esses números mostram uma tendência do mercado de diminuição do porte das concessionárias e de priorização do que realmente importa para o negócio. Essa é uma questão apontada pelo economista Raphael Galante desde 2015. Em artigo para o Infomoney, o especialista já alertava sobre o possível fechamento de 700 concessionárias devido a essas mudanças do mercado.
Frente a este contexto, mudanças já se viam necessárias e o cenário da pandemia pode ter acelerado esse processo. Em uma matéria publicada no Terra, o diretor de novos negócios automotivos da Linx, Renato Lass, diz que integrar os processos de atendimento e operação da concessionária é algo essencial a ser feito para melhor atender o cliente no pós-pandemia – embora ainda seja algo em estágio inicial no Brasil.
“Temos concessionárias enormes, com carros estocados e custos altíssimos atrelados a essa operação, além de gastos com energia, equipe e locação. Felizmente começamos a ver a modernização das concessionárias no país”, explica Lass. Com isso, a tendência é oferecer uma experiência premium para o cliente, com uma operação mais enxuta para maximizar os lucros.
Fim do armazenamento e foco no cliente
No fim de 2018, a Volkswagen iniciou um projeto para tornar suas concessionárias mais digitais. A proposta era que os pontos digitalizados fossem mais enxutos, com cerca de 90 m², e com uma menor quantidade de carros físicos em exposição. Ou seja, um formato mais voltado para a convivência – com sofás, mesas e bancadas para atender melhor o cliente – e com um uso intenso da tecnologia para apresentar os veículos aos possíveis consumidores.
Caminho semelhante foi traçado pela Fiat. A concessionária conceito inaugurada em 2019 foge dos padrões da VW por ser maior (2 mil m²), mas segue a tendência de valorizar a experiência do usuário em detrimento de ser apenas um showroom de carros. “Essa proposta tem o objetivo de ser um espaço de vendas, serviços e de experiência única dos clientes com a marca e com seus produtos, de forma que eles se sintam confortáveis na hora da pesquisa e da compra”, disse Herlander Zola, diretor da Fiat para a América Latina e diretor comercial da Fiat no Brasil, na ocasião do lançamento.
Frente a essa necessidade de se reinventar, proporcionar uma experiência única ao cliente e ocupar os locais mais propícios para vendas, as concessionárias esbarram em um problema que envolve os próprios veículos que serão comercializados: onde guardar o estoque? Para resolver essa questão, muitas têm recorrido a empresas de logística e armazenagem localizadas em suas cidades ou em localidades próximas.
Essa é uma forma de se manter o estoque próximo, com um custo menor do que na sede da concessionária e mantendo a segurança necessária para os veículos. Além disso, há uma queda no trânsito de cegonhas entre cidades, o que simplifica o processo de venda do bem, podendo inclusive reduzir prazos de entrega.
Isso é o que algumas concessionárias já tem realizado com o atendimento e parceria da Auto Estoque BH, onde uma delas conseguiu reduzir sua área útil para 1/3 da que utilizava anteriormente. Já uma outra concessionária optou por racionalizar seus custos e instalou em um mesmo imóvel, mais de uma marca para ser comercializada
Ou seja, essa é uma opção segura e mais barata para armazenar os veículos e utilizar o espaço da concessionária para o que realmente importa, que é proporcionar uma experiência única para os clientes. Se você quer saber mais sobre esse trabalho realizado pela Auto Estoque BH, entre em contato com a gente para que possamos conversar mais sobre o assunto.